terça-feira, 22 de maio de 2012


Jovem que filmou colega de quarto gay pega 30 dias de prisão















Um estudante universitário que filmou sem permissão um colega de quarto homossexual que acabou se suicidando foi sentenciado nesta segunda-feira a 30 dias de prisão, uma condenação muito inferior à pena máxima de 10 anos, em um caso que suscitou um forte debate nos Estados Unidos.
Tudo começou em 19 de setembro de 2010, quando Dharun Ravi, de 20 anos, nascido na Índia, pôs para funcionar sua webcam no quarto que dividia com Tyler Clementi, de 18 anos, na Universidade Rutgers (Nova Jersey, leste), e assistiu à distância um beijo entre ele e outro homem.
Ravi voltou a fazer o mesmo dias depois, mas desta vez convidou seus amigos através de sua conta no microblog Twitter para que vissem o que acontecia entre Clementi e o homem.
Clementi, que seguia Ravi no Twitter, desligou a webcam quando leu o convite de seu colega de quarto.
Pouco tempo depois, em 22 de setembro, o jovem homossexual, um violinista introvertido e com personalidade contrária à de seu colega de quarto, pulou no rio Hudson do alto da ponte Washington Bridge, que liga Nova York a Nova Jersey.
O caso, que ganhou destaque, enfureceu a comunidade gay e provocou discussão sobre o assédio eletrônico ("cyber-bulling") e as brincadeiras com os homossexuais. Outros, no entanto, afirmaram que Ravi foi vítima de um promotor exagerado.
Os cientistas recuperaram muitos e-mails e mensagens no Twitter dos jovens envolvidos para tentar esclarecer o caso, sobretudo os de Ravi, onde ele menciona a homossexualidade de seu colega de quarto e nos quais convidava seus amigos a espioná-lo com ele.
Além dos 30 dias de prisão, Dharun Ravi terá que realizar 300 horas de trabalhos comunitários.

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